terça-feira, 1 de novembro de 2011

DEPOIS DAQUELA VIAGEM- Valeria Piassa Polizzi




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RESUMO ABAIXO

A primeira vez que ouvi falar da Valéria Polizzi foi em 2000, quando tive que trabalhar com o seu livro Depois daquela viagem” numas turmas de 8ª séries, onde muitos pais (*e meus “coleguinhas” professores) não gostaram do conteúdo. Hoje, onze anos depois, a coragem e sua luta acabaram por torná-la um símbolo de sobrevivência para os portadores do temido vírus HIV num país de ignorantes.

Para aqueles que não conhecem o livro, a história é uma autobiografia da autora, que aos 16 anos contraiu o vírus. Lançou-o em 1999, quando estava com 23 anos, após a insistência dos amigos que pediam para que ela contasse sua história, seus sofrimentos, mas também suas vitórias. E, em forma de diário, em tom coloquial e muito eficiente para adolescentes, Valéria relata com bom humor e descontração as suas vivências com os amigos, os namoros, o despertar da sexualidade, a angústia diante dos exames e muitas outras coisas que atormentam qualquer adolescente.

O livro é um verdadeiro testemunho vivaz de uma adolescente com sólida formação educacional e familiar que por um desses descuidos cuja razão jamais se alcançará completamente, mantém uma relação sexual sem a utilização do preservativo.
Na obra, ela mostra como, de repente, por causa da quatro letrinhas, sua vida passou por uma reavaliação radical. Ela expõe, sem meias palavras, como a doença mexeu com sua cabeça e com seus sentimentos.

Sábado passado, a autora esteve no programa Altas Horas” (Globo), do Serginho Groisman, para falar sobre a peça inspirada em sua publicação. “A gente dividiu a personagem principal em três e acho que ficou uma coisa muito legal, porque mostra os diferentes lados de uma pessoa”, disse. Valéria também comentou que o preconceito com pessoas HIV positivo diminuiu nos últimos 14 anos. “Eu acho que de uma certa maneira as pessoas evoluíram bastante, mas ainda sim a gente ouve coisas que dão uma assustada”. A simpaticíssima escritora ainda contou como descobriu que estava com AIDS. “Eu descobri que tinha HIV com 18 anos, mas sei que me contaminei com 16. Na época, foi um assunto bastante complicado de tratar na família, porque a gente não tinha informação sobre AIDS
RESUMO – Depois daquela viagem” é um livro triste e alegre, tocante e verdadeiro, um testemunho da coragem e da determinação de levar adiante a vida, apesar da AIDS. Valéria era uma jovem como todas as outras que, aos 16 anos, namorava um rapaz bem mais velho, de 25 anos. Namoro conturbado, ciumento, violento. E quente. Desinformada sobre os perigos das doenças sexualmente transmissíveis, aceitou quando o namorado quis transar sem camisinha, afinal, "ela não era puta" e só com puta é que era preciso usar preservativo. Dois anos depois do fim desse namoro, Valéria descobriu que era portadora do vírus da AIDS.
A autora ainda relata seu sofrimento e o dos pais quando tiveram os resultados dos exames, o medo de encarar as pessoas e todo o tempo que passou sem contar ao restante da família e aos amigos que tinha a doença.
Conviveu durante uns dois anos com os amigos sem lhes contar nada, morrendo de medo de que alguém descobrisse tudo, de que tivessem contato com seu sangue e também contraíssem a doença, com medo de ter um namoro mais sério. Ela termina o Ensino Médio, começa uma faculdade mas acaba desistindo do curso.
Após isso, Valéria viajou para os Estados Unidos para fazer um curso de teatro, aprendeu a viver sozinha, fez novos amigos mas continuava com medo de contar para os outros que tinha HIV. Ela começou a ter alguns problemas de saúde, e ao procurar um médico, descobriu que existiam novos tratamentos e que a AIDS poderia ser controlada com medicação. No início, ela resistiu ao tratamento, pois estava esperando apenas sua morte chegar. Mas graças ao médico americano, que lhe incentivava, colocando-a em contato com outras pessoas que possuíam a doença e viviam normalmente, ela resolveu utilizar os remédios.
Ao voltar ao Brasil, sua saúde piorou, ela passou alguns dias internada no hospital e só nesse momento conseguiu contar para os amigos e familiares que tinha AIDS. Recebeu o apoio de todos e percebeu que poderia e deveria levar adiante sua vida, sem o medo de morrer a qualquer momento, como ela tinha antes. (“DEPOIS DAQUELA VIAGEM”, de Valéria Polizzi, biografia, 279 págs, 19ª edição, Editora Ática – 1998).